30/06/2007

Joaquim Roriz no plenário.

Dizer 'canastrice' é um bom jeito de dar risada de algo de que deveríamos chorar.



Não é possível que uma pessoa sozinha consiga encerrar em si tamanha cara de pau, falta de vergonha, desconsideração e imoralidade.

O senador Joaquim Roriz conseguiu a façanha de impressionar num país em que nada mais impressiona. O seu discurso de defesa contra acusações recentes (comprovadíssimas por gravações cujo conteúdo, por excessiva repetição, estamos cansados de conhecer) chegou a constranger até mesmo os poucos senadores presentes no plenário. Nossa Senhora, o finado pai, os descamisados, a honra maculada... esses foram apenas alguns dos termos que o eloquente senador invocou na sua defesa pública, que culminou na desfaçatez de apresentar duas folhas de papel em branco, manchadas com sua assinatura cretina, para que "o ministério público e a polícia federal fizessem o que quisessem, já que ele não tinha nada a temer". Ele apenas se desculpou por não ter reconhecido a firma. Deixemos as custas de cartório para os cofres públicos.
Mas isso nos leva a pensar em porque esse senador, 48 horas depois dessa falta de respeito escancarada, ainda não está sendo velado após o linchamento público?
É impressionante a indigência moral do brasileiro. Quem disse que os governantes são o reflexo de seus eleitores estava completamente certo. Nenhum de nós fez nada.
E o Roriz? Bem, o Roriz, como estava estafado foi pra casa tranquilamente. Não sem antes, é claro, passar na catedral de Brasília para agradecer à Nossa Senhora a força que ela sempre lhe deu para se defender das calúnias e infâmias cometidas contra ele.

Abaixo, dois links para ver em vídeo o registro eterno dessa indigência humana que é o nosso senador.

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